Crise propõe urgência da educação dos jovens, assegura Bento XVI
ZP09011205 - 12-01-2009
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Crise propõe urgência da educação dos jovens, assegura Bento XVI
Oferece a colaboração da Igreja na área educativa e assistencial
Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 12 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI considera que a atual crise mundial e suas causas propõem a urgência de «uma formação em valores», especialmente aos jovens.
«A atual crise econômica que está afetando a comunidade mundial – afirmou nesta segunda-feira, durante o tradicional encontro de início de ano, aos membros da administração da cidade de Roma, de sua província e da região do Lazio, da qual depende – está ligada a outra estrutural, cultural, de valores.»
Estas crise de valores está patente especialmente entre os jovens, explicou, em quem «se enfraquecem os valores humanos e cristãos que dão sentido ao viver cotidiano e que formam uma visão da vida aberta à esperança», e «surgem, ao contrário, desejos efêmeros e esperanças não duradouras, que no final geram aborrecimentos e fracassos».
O Papa lamentou as notícias sobre a violência juvenil e as mortes em acidentes, e explicou que existe uma «emergência educativa» à qual a Igreja também deve responder.
O atual «niilismo» tem como consequênica, afirmou, «a banalização da própria vida para refugiar-se na transgressão, nas drogas e no álcool, o que para alguns se converteu no rito habitual do fim de semana».
«Inclusive o amor tende a reduzir-se a uma simples coisa que se pode comprar e vender e o próprio homem se converte em mercadoria», acrescentou.
O Papa convidou os poderes políticos «a dedicar-se seriamente aos jovens, a não deixá-los à mercê de si mesmos e expostos à escola de 'maus professores', mas a comprometê-los em iniciativas sérias, que lhes permitam compreender o valor da vida em uma família estável, fundada no matrimônio».
O pontífice afirmou que a Igreja, no campo da educação, «está chamada a oferecer sua contribuição estimulando a reflexão e formando as consciências dos fiéis e de todos os cidadãos de boa vontade».
Acrescentou que é uma «prioridade inderrogável» a «formação no respeito das normas, na assunção das próprias responsabilidades, a uma atitude de vida que reduza o individualismo e a defesa desses interesses parciais, para tender juntos ao bem de todos, dando uma particular atenção às expectativas dos sujeitos mais frágeis da população, não os considerando como um peso, mas um recurso a valorizar».
«Talvez nunca como agora a sociedade civil compreende que só com estilos de vida inspirados na sobriedade, na solidariedade e na responsabilidade é possível construir uma sociedade mais justa e um futuro melhor para todos», disse o bispo de Roma.
Colaboração da Igreja diante da crise
Na situação atual, o pontífice convidou os poderes públicos a terem «uma vontade concorde de reagir, superando as divisões e concertando estratégias que, por um lado enfrentem as emergências de hoje, e por outro visem a desenhar um projeto orgânico estratégico para os próximos anos».
Neste sentido, reconheceu o trabalho que as instituições católicas, especialmente as Cáritas diocesanas, estão levando a cabo na região e exigiu «uma sinergia entre todas as instituições para oferecer respostas concretas às crescentes necessidades das pessoas».
Bento XVI insistiu em uma maior colaboração entre a Igreja e os poderes públicos, «no respeito das responsabilidades recíprocas», em todos os campos, inclusive da saúde.
Reafirmou que a Igreja «não pede nem busca privilégios, mas deseja que sua própria missão espiritual e social continue encontrando apreço e cooperação».
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Marcadores: Religião
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